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terça-feira, 20 de março de 2018

Física do Equinócio no meio do mundo

Para os povos antigos, como os caldeus, fenícios, astecas, maias, incas e egípcios, a posição que o Sol ocupa na linha do horizonte tinha uma grande importância para o seu cotidiano. A partir da observação dos movimentos aparentes do Sol e do ciclo que realiza no intervalo de um ano foi possível para alguns destes povos a elaboração de calendários solares bastante complexos. Na astronomia, equinócio é definido como um dos dois momentos em que o Sol, em sua órbita aparente (como vista da Terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste). Mais precisamente é o ponto onde a eclíptica cruza o equador celeste.

fig.1 movimento aparente do sol em relação ao plano terrestre


A palavra equinócio significa "noites iguais", ocasião em que o dia e a noite duram o mesmo período nos hemisfério Norte e Sul do planeta.

fig. 2 hemisférios igualmente iluminados

Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada) é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte e o pôr do Sol (crepúsculo) o instante em que o círculo solar encontra-se metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração. Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro e definem as mudanças de estação. No hemisfério norte o outono inicia em março e a primavera em setembro. No hemisfério sul é o contrário, o outono inicia em setembro e a primavera em março.
Fig. 3. Translação da Terra e a sucessão dos Equinócios
Verifica-se que a cada ciclo de quatro anos os equinócios tendem a atrasar-se. Isto implica, que ao longo do mesmo século, as datas dos equinócios tendem a ocorrer cada vez mais cedo. Assim, no século XXI só houve dois anos em que o equinócio de março aconteceu no dia 21 (2003 e 2007); nos demais, o equinócio tem ocorrido em 20 de março. Prevê-se que, por volta do ano 2040, passe a haver anos em que o equinócio aconteça no dia 19. Esta tendência só irá desfazer-se no fim do século, quando houver uma sequência de sete anos comuns consecutivos (2097 a 2103), em vez dos habituais três. Devido à órbita da Terra, as datas em que ocorrem os equinócios não dividem o ano em um número igual de dias.
Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol (periélio) viaja mais velozmente do que quanto está mais longe (afélio).

MACAPÁ NA LINHA DO EQUADOR

Macapá é a única capital do Brasil cortada pela linha do Equador. Assim parte da cidade está no hemisfério Norte e a outra no Sul, bem como o próprio Estado do Amapá. E pelo fato deste fenômeno ocorrer em Macapá foi aí construído o monumento Marco Zero do Equador no qual é possível observar o instante de ocorrência do Equinócio através da projeção da sombra do obelisco a qual se alinha com a linha imaginaria do equador.

 Apesar do Amapá ser dividido pela Linha imaginaria do equador, este Estado não experimenta as mudanças de estação decorrentes da sucessão dos equinócios visto que está situado na região do planeta onde ocorre maior incidência dos raios solares durante o ano e onde o clima é predominantemente quente e úmido.

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